Mortes por câncer na próstata crescem 333% em Campinas
Mês de novembro é dedicado à prevenção da segunda maior causa de óbito oncológico em homens
-
- ACidadeON
- Repórter: Thiago Rovedo
O número de mortes por câncer de próstata aumentou 333% nos últimos três anos em Campinas. De acordo com o DataSUS, do Ministério da Saúde, foram três casos registrados de setembro de 2013 a agosto de 2014, e 13 ocorrências nos últimos 12 meses. Esse tipo de doença é a segunda maior causa de óbito oncológico no sexo masculino.
Em 2015, foram sete casos em Campinas, caindo para seis em 2016 e subindo para 13 em 2017.
“Na verdade, o número de diagnóstico, internação ou morte aumenta por causa da queda do preconceito. Hoje, com o preconceito sendo deixado de lado, os homens procuram mais o tratamento”, explicou Wagner França, urologista e oncologista do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.
O exame de toque é de extrema importância e insubstituível pois vai servir para detectar anomalias como inflamações no canal retal e o câncer de próstata, por isso a sua eficácia, juntamente com o exame de sangue chamado de PSA. O exame é preventivo, rápido e, no máximo, vai causar um pequeno desconforto, pois o médico vai apalpar a glândula para detectar anomalias e se o paciente sente alguma dor.
OCORRÊNCIAS
O número de internações em Campinas também subiu. Segundo o DataSUS, foram 142 casos em 2014, contra 190 internações em 2017 – um crescimento percentual de 33,8%.
“Quando é descoberto, o tratamento é feito com cirurgia ou radioterapia. Em casos de estágio mais avançado se utiliza a quimioterapia”, explicou o médico. O profissional ainda ressaltou que a doença é silenciosa, e os sintomas, que incluem dificuldades para urinar, só aparecem em estágio avançado da neoplasia.
DEU TEMPO
O aposentado José Antônio de Assunção, 70 anos, descobriu o câncer de próstata há três anos. Começou com dores para urinar, e na hora o sinal de alerta foi ligado.
“Eu tinha lido sobre, em consultas de rotina sempre falavam, e eu fazia os exames todo ano. Quando senti dores, procurei o médico, adiantei todos os exames e consegui resolver de forma tranquila”, disse.
Até hoje o aposentado continua fazendo exames preventivos, e contou que faz essa recomendação para todos os conhecidos.