
Dr Wagner e Equipe de urologia do Iamspe durante cirurgia de estenose de uretra
Estenose de uretra é o fechamento de parte da uretra que compromete o esvaziamento da bexiga. Ela acomete principalmente homens, mas também pode acontecer nas mulheres.
As causas segundo o urologista Dr. Wagner França são as mais variadas possíveis, pode ser desde um trauma num acidente ou uma queda que traumatizam o pênis ou o períneo até infecções causadas por doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia, por exemplo.
Os sintomas podem ser confundidos com uma infecção urinária. Pode ser uma dor e gotejamento após terminar de urinar, jato duplo e a necessidade de ir diversas vezes ao banheiro pra fazer xixi.
Considerada uma doença grave, já que ela entope praticamente parte ou mesmo toda a uretra que é o órgão como um caninho por onde passa a urina que sai da bexiga para ser eliminada, seu único tratamento é cirúrgico.
Técnica

Estenose de Uretra
Aqui em São Paulo, o Dr. Wagner França, Fellow em distúrbios miccionais pela Unifesp e responsável por essa cirurgia no Hospital do Servidor é um dos únicos urologistas que realiza a cirurgia utilizando a técnica de uso da mucosa oral, que tem um tecido muito semelhante ao da uretra. O tecido é retirado da boca e colocado na uretra. A cirurgia tem sucesso em mais de 90% dos casos. Existem outros tipos de tratamento, mas para estenose o urologista recomenda a cirurgia que será o mais adequado.
A estenose de uretra é uma doença a qual tem uma chance de recorrência muito alta. “O tratamento endoscópico, ou seja pelo canal, quando a estenose é acima de um centímetro tem a chance de recidiva aproximadamente de 70% ao passo que o uso de enxertos de mucosa oral de mucosa das túnicas vaginalis de testículo ou até de pele do prepúcio existe uma chance de recidiva de 5 a 10% ou seja muito maior que a que o tratamento endoscópico”, esclarece o urologista.
Para que o diagnóstico de estenose de uretra se confirme, é necessário passar pelo urologista para consulta. Em seguida, realizar exames que medem o fluxo de urina chamado urofluxometria, raio x com contraste para determinar a extensão da estenose e em alguns casos pode ser necessário a citoscopia feita com um endoscópio através do pênis.
Estima-se que um em cada dez mil homens na faixa dos 25 anos devolverão a doença e na casa dos 65 anos esse número será de 1 em cada mil homens poderão desenvolver a estenose.